segunda-feira, 26 de julho de 2010

Segunda poética, do amigo Bill


Perdemos repentinamente
a profundidade dos campos
os enigmas singulares
a claridade que juramos
conservar

mas levamos anos
a esquecer alguém
que apenas nos olhou

{ Jose Tolentino de Mendonça }

Veio da Marcinha:

Convite

Convidamos a todos para a reunião do Fórum Mineiro de Saúde Mental.

Dia: 7 de Agosto – Sábado.

Horário: 10:00 horas

Local: AUDITÓRIO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOCIAIS

Rua: Espírito Santo, n.º 505 – 18º andar – Centro


Informes:

I Encontro Nacional de Estudantes Antimanicomiais, em Porto Alegre/RS
II Mostra da Arte Insensata, em BH/MG
Asussam
Suricato
Outros.

Pauta:

Encontro da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial, em Recife/PE



Calendário das próximas reuniões de 2010:

11 de setembro;
2 de outubro;
6 de novembro;
4 de dezembro.

Aparecida Celina Alves de Oliveira
Coordenadora do Fórum Mineiro de Saúde Mental

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Saiu no Delírio Coletivo: PASSE LIVRE

Prezados Companheiros e Companheiras
Foi cumprindo com minha parte que este notificado chegou a você.
Será colaborando com seu repasse, que muitos mais ajudará a saber.
Com certeza muitas pessoas estão aguardando informações a respeito do Passe Livre,

abraço
Mario A. Moro

www.forumpopular_sm_abcdmrr@yahoogrupos.com.br
www.deliriocoletivo.com.br
www.abrasmesp.blogspot.com
www.mitco@yahoogrupos.com.br
www.lasamec.wordpress.com

MANUAL DO BENEFICIÁRIO
Mais que um benefício criado pelo Governo Federal, o Passe Livre é uma conquista da sociedade. Um avanço que trouxe mais respeito e dignidade para o portador de deficiência.
Com o Passe Livre, você vai poder viajar por todo o país. Use e defenda o seu direito. O bom funcionamento do Passe Livre depende também da sua fiscalização.
Denuncie, sempre que souber de alguma irregularidade. Faça valer a sua
conquista. E boa viagem!
Conheça Melhor o Passe Livre
Quem tem direito ao Passe Livre?
Portadores de deficiência física, mental, auditiva ou visual comprovadamente carentes.
Quem é considerado carente?
Aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo. Para calcular a renda, faça o seguinte:
• Veja quantos familiares residentes em sua casa recebem salário. Se a família tiver outros rendimentos que não o salário (lucro de atividade agrícola, pensão, aposentadoria, etc.), esses devem ser computados na renda familiar.
• Some todos os valores.
• Divida o resultado pelo número total de familiares, incluindo até mesmo os que não têm renda, desde que morem em sua casa.
• Se o resultado for igual ou abaixo de um salário mínimo, o portador de
deficiência será considerado carente.
Quais os documentos necessários para solicitar o Passe Livre?
• Cópia de um documento de identificação. Pode ser um dos seguintes:
§ certidão de nascimento;
§ certidão de casamento;
§ certidão de reservista;
§ carteira de identidade;
§ carteira de trabalho e previdência social;
§ título de eleitor.
• Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovando a deficiência ou incapacidade do interessado.
• Requerimento com declaração de que possui renda familiar mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo nacional, (formulário anexo).
Atenção:Quem fizer declaração falsa de carência sofrerá as penalidades previstas em lei.
Como solicitar o Passe Livre?
• Fazendo o donwload dos formulários acima, preenchendo- os e anexando um dos documentos relacionados. Uma vez preenchidos, os formulários devem ser enviados ao Ministério dos Transportes no seguinte endereço: Ministério dos Transportes,
Caixa Postal 9800 - CEP 70.040-976 - Brasília (DF).
Neste caso, as despesas de correio serão por conta do beneficiário; ou

• Escrevendo para o endereço, acima citado, informando o seu endereço completo para que o Ministério dos Transportes possa lhe remeter o kit do Passe Livre. A remessa ao Ministério dos Transportes, dos formulários preenchidos, junto com a cópia do documento de identificação e o original do Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), é gratuita e deve ser feita no envelope branco, com o porte pago.
Atenção:Não aceite intermediários. Você não paga nada para solicitar o Passe Livre.
Quais os tipos de transporte que aceitam o Passe Livre?
Transporte coletivo interestadual convencional por ônibus, trem ou barco,
incluindo o transporte interestadual semi-urbano. O Passe Livre do Governo Federal não vale para o transporte urbano ou intermunicipal dentro do mesmo estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito.
Como conseguir autorização de viagem nas empresas?
Basta apresentar a carteira do Passe Livre do Governo Federal junto com a
carteira de identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, a cada viagem, dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre do Governo Federal.
Atenção: Se as vagas já estiverem preenchidas, a empresa tem obrigação de reservar a sua passagem em outra data ou horário. Caso você não seja atendido, faça a sua reclamação pelo telefone (61) 3315.8035.
Passe Livre dá direito a acompanhante?
Não. O acompanhante não tem direito a viajar de graça.
Informações e Reclamações
Informações:
Posto de atendimento - SAN Quadra 3 Bloco N/O térreo - Brasília/DF
telefones: (61) 2029.8035.
Caixa Postal - 9.600 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF
e-mail: passelivre@transpor tes.gov.br
Reclamações:
e-mail: passelivre@transpor tes.gov.br ou
Caixa Postal - 9.600 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF
http://deliriocoletivo.com.br

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Repassando da Márcia

DECRETO Nº 7.179, DE 20 DE MAIO DE 2010.

Institui o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, cria o seu Comitê Gestor, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1o Fica instituído o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, com vistas à prevenção do uso, ao tratamento e à reinserção social de usuários e ao enfrentamento do tráfico de crack e outras drogas ilícitas.

§ 1o As ações do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas deverão ser executadas de forma descentralizada e integrada, por meio da conjugação de esforços entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observadas a intersetorialidade, a interdisciplinaridade, a integralidade, a participação da sociedade civil e o controle social.

§ 2o O Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas tem como fundamento a integração e a articulação permanente entre as políticas e ações de saúde, assistência social, segurança pública, educação, desporto, cultura, direitos humanos, juventude, entre outras, em consonância com os pressupostos, diretrizes e objetivos da Política Nacional sobre Drogas.

Art. 2o São objetivos do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas:

I - estruturar, integrar, articular e ampliar as ações voltadas à prevenção do uso, tratamento e reinserção social de usuários de crack e outras drogas, contemplando a participação dos familiares e a atenção aos públicos vulneráveis, entre outros, crianças, adolescentes e população em situação de rua;

II - estruturar, ampliar e fortalecer as redes de atenção à saúde e de assistência social para usuários de crack e outras drogas, por meio da articulação das ações do Sistema Único de Saúde - SUS com as ações do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;

III - capacitar, de forma continuada, os atores governamentais e não governamentais envolvidos nas ações voltadas à prevenção do uso, ao tratamento e à reinserção social de usuários de crack e outras drogas e ao enfrentamento do tráfico de drogas ilícitas;

IV - promover e ampliar a participação comunitária nas políticas e ações de prevenção do uso, tratamento, reinserção social e ocupacional de usuários de crack e outras drogas e fomentar a multiplicação de boas práticas;

V - disseminar informações qualificadas relativas ao crack e outras drogas; e

VI - fortalecer as ações de enfrentamento ao tráfico de crack e outras drogas ilícitas em todo o território nacional, com ênfase nos Municípios de fronteira.

Art. 3o Fica instituído o Comitê Gestor do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, composto por um representante, titular e suplente, de cada órgão a seguir indicado:

I - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;

II - Casa Civil da Presidência da República;

III - Secretaria-Geral da Presidência da República;

IV - Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República;

V - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;

VI - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República;

VII - Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República;

VIII - Ministério da Justiça;

IX - Ministério da Saúde;

X - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

XI - Ministério da Defesa;

XII - Ministério da Educação;

XIII - Ministério da Cultura;

XIV - Ministério do Esporte; e

XV - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

§ 1o Compete ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e ao Ministério da Justiça a coordenação do Comitê Gestor.

§ 2o Os membros do Comitê Gestor serão indicados pelos titulares dos órgãos nele representados, no prazo de quinze dias contado da publicação deste Decreto, e designados pelo Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

§ 3o O Comitê Gestor reunir-se-á periodicamente, mediante convocação de seus coordenadores.

§ 4o Os coordenadores Comitê Gestor poderão convidar para participar de suas reuniões, representantes de outros órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos Poderes Judiciário e Legislativo, de entidades privadas sem fins lucrativos, bem como especialistas.

§ 5o Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República caberá prover apoio técnico-administrativo e os meios necessários à execução dos trabalhos do Comitê Gestor.

Art. 4o Compete ao Comitê Gestor:

I - estimular a participação dos entes federados na implementação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas;

II - acompanhar e avaliar a implementação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas; e

III - consolidar em relatório periódico as informações sobre a implementação das ações e os resultados obtidos.

Art. 5o O Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas será composto por ações imediatas e estruturantes.

§ 1o As ações Imediatas do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas contemplam:

I - ampliação do número de leitos para tratamento de usuários de crack e outras drogas;

II - ampliação da rede de assistência social voltada ao acompanhamento sociofamiliar e à inclusão de crianças, adolescentes e jovens usuários de crack e outras drogas em programas de reinserção social;

III - ação permanente de comunicação de âmbito nacional sobre o crack e outras drogas, envolvendo profissionais e veículos de comunicação;

IV - capacitação em prevenção do uso de drogas para os diversos públicos envolvidos na prevenção do uso, tratamento, reinserção social e enfrentamento ao tráfico de crack e outras drogas ilícitas;

V - ampliação das ações de prevenção, tratamento, assistência e reinserção social em regiões de grande vulnerabilidade à violência e ao uso de crack e outras drogas, alcançadas por programas governamentais como o Projeto Rondon e o Projovem;

VI - criação de sítio eletrônico no Portal Brasil, na rede mundial de computadores, que funcione como centro de referência das melhores práticas de prevenção ao uso do crack e outras drogas, de enfrentamento ao tráfico e de reinserção social do usuário;

VII - ampliação de operações especiais voltadas à desconstituição da rede de narcotráfico, com ênfase nas regiões de fronteira, desenvolvidas pelas Polícias Federal e Rodoviária Federal em articulação com as polícias civil e militar e com apoio das Forças Armadas; e

VIII - fortalecimento e articulação das polícias estaduais para o enfrentamento qualificado ao tráfico do crack em áreas de maior vulnerabilidade ao consumo.

§ 2o As ações estruturantes do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas contemplam:

I - ampliação da rede de atenção à saúde e assistência social para tratamento e reinserção social de usuários de crack e outras drogas;

II - realização de estudos e diagnóstico para o acúmulo de informações destinadas ao aperfeiçoamento das políticas públicas de prevenção do uso, tratamento e reinserção social do usuário e enfrentamento do tráfico de crack e outras drogas ilícitas;

III - implantação de ações integradas de mobilização, prevenção, tratamento e reinserção social nos Territórios de Paz do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - PRONASCI, e nos territórios de vulnerabilidade e risco;

IV - formação de recursos humanos e desenvolvimento de metodologias, envolvendo a criação de programa de especialização e mestrado profissional em gestão do tratamento de usuários de crack e outras drogas;

V - capacitação de profissionais e lideranças comunitárias, observando os níveis de prevenção universal, seletiva e indicada para os diferentes grupos populacionais;

VI - criação e fortalecimento de centros colaboradores no âmbito de hospitais universitários, que tenham como objetivos o ensino, a pesquisa e o desenvolvimento de metodologia de tratamento e reinserção social para dependentes de crack e outras drogas;

VII - criação de centro integrado de combate ao crime organizado, com ênfase no narcotráfico, em articulação com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAM, com apoio das Forças Armadas;

VIII - capacitação permanente das polícias civis e militares com vistas ao enfrentamento do narcotráfico nas regiões de fronteira; e

IX - ampliação do monitoramento das regiões de fronteira com o uso de tecnologia de aviação não tripulada.

§ 3o O Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas promoverá, ainda, a articulação das ações definidas neste artigo com outras ações desenvolvidas em âmbito federal, estadual, distrital e municipal.

Art. 6o As despesas decorrentes da implementação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas correrão à conta de dotações orçamentárias próprias dos órgãos nele representados, consignadas anualmente nos respectivos orçamentos, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento da programação orçamentária e financeira anual.

Art. 7o A execução das ações previstas neste Plano observará as competências previstas no Decreto no 5.912, de 27 de setembro de 2006.

Art. 8o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 20 de maio de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
Fernando Haddad
Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli
Márcia Helena Carvalho Lopes
Jorge Armando Felix

Este texto não substitui o publicado no DOU de 21.5.2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Repassando da Ana, Conselheira


Propostas aprovadas na conferência reforçam modelo do Brasil na atenção psiquiátrica

Participantes decidem pela criação de grupos de ajuda mútua, ampliação da rede psicossocial e experiência obrigatória de recém-formados no SUS. Votação terminou de madrugada

Nove anos depois de ser implementada, a Reforma Psiquiátrica brasileira ganhou novo fôlego após a realização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental – Intersetorial (IV CNSM-I), em Brasília. As propostas aprovadas pelos participantes reforçam o modelo de serviço aberto e humanizado, adotado pelo Ministério da Saúde, para atender pessoas com transtornos mentais. Ao todo, 1.235 sugestões foram analisadas por mais de mil pessoas, entre especialistas, pacientes e familiares. A votação terminou na madrugada desta sexta-feira (2).

A criação de grupos de ajuda mútua de doentes mentais foi uma das decisões de destaque. Inspirada em experiências internacionais bem-sucedidas, a proposta baseia-se em encontros de até 20 usuários do serviço de saúde mental para discutir sobre as adversidades do dia a dia e como enfrentá-las. Um projeto-piloto já foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e contou com financiamento do Ministério da Saúde. Foram repassados, neste ano, R$ 181 mil para a UFRJ promover as reuniões e capacitar os próprios pacientes a atuar como líderes das discussões.

Ao integrar um grupo de apoio, a pessoa com transtorno mental começa a estabelecer vínculos e fortalece as amizades. “Esse suporte emocional rompe com o autoisolamento do paciente e contribui com a reabilitação dele. É um dos dispositivos mais eficazes no acompanhamento contínuo de casos graves”, avalia o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado.

AVANÇOS – A IV CNSM-I também aprovou a expansão da rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Hoje, são 1.541 em todo o País – o equivalente a 0,63 para cada grupo de 100 mil habitantes. A cobertura é considerada boa, de acordo com parâmetros internacionais. Agora, a meta será ampliar a quantidade de CAPS III, que funcionam 24 horas para acolher, inclusive, usuários em crise.

Os CAPS garantem um atendimento comunitário a pessoas que sofrem de problemas como esquizofrenia e transtornos de ansiedade ou de adaptação. O tratamento, que envolve o convívio familiar e a socialização do paciente, vem substituindo gradualmente o modelo manicomial, que implica o isolamento característico dos hospitais psiquiátricos. Essa mudança foi determinada pela Lei 10.216, de 2001.

Por unanimidade, os delegados da conferência votaram a favor de uma proposta que impede a revisão dessa lei. “Todos [os participantes] rejeitam qualquer retrocesso que possa haver nas conquistas alcançadas pela Reforma Psiquiátrica. O nosso desafio é fortalecer a rede psicossocial e, para os casos de internação, aumentar os leitos psiquiátricos em hospitais gerais, que estão perto da comunidade”, sublinha o coordenador de Saúde Mental, Pedro Gabriel Delgado.

FORMAÇÃO – Uma das sugestões que deverão ser incluídas no relatório final conclusivo da IV CNSM-I é a de que recém-graduados em áreas relacionadas à saúde mental atuem na rede pública por um período pré-determinado. A proposta inclui brasileiros formados em instituições públicas e particulares. Eles poderão entrar em contato com os CAPS ou participar da atenção básica por meio das equipes da Estratégia Saúde da Família.

“A intenção é aumentar a presença de psiquiatras, psicólogos e demais profissionais do setor em áreas como a Amazônia, onde o acesso ao serviço de saúde mental ainda não é o ideal”, explica Delgado. A prestação desse tipo de serviço no Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser regulamentada em conjunto pelos ministérios da Saúde e Educação.

Todos os itens aprovados na conferência vão constar do relatório conclusivo do evento. Esse documento deve balizar as novas ações que passarão a integrar a Política Nacional de Saúde Mental.


Diego Iraheta, da Agência Saúde

Link Bacana:Contos de fadas, folclore, lendas, mitos

http://volobuef.tripod.com/page_maerchen.htm

IV Encontro de Repassando: Arte e Saúde Mental: O paradigma estético na clínica de Nise da Silveira


O IV Encontro de Arte & Saúde Mental: O paradigma estético na clínica de Nise da Silveira, organizado pelo Espaço Artaud, em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e com a Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), tem como proposta debater a fertilidade da obra da psiquiatra Nise da Silveira e sua interface com diversos campos de conhecimento. Podemos verificar a importância da obra de Nise da Silveira para o Movimento de Reforma Psiquiátrica brasileira, não apenas como pioneira, mas como instigante autora para os atuais desafios no cuidado na assistência no campo da saúde mental.
Nesse caso, a palavra pioneira não aponta apenas para o passado, mas nos coloca questionamentos para além da Reforma. A fundadora de instituições como o Museu da Imagem do Inconsciente, o Grupo de Estudos C.G.Jung e a Casa das Palmeiras contribuiu e ainda contribui, através de sua obra, com o campo das artes, da filosofia, da antropologia e da cultura nacional.

Inscrições:
Estudante: R$ 20,00        Profissional: R$ 40,00

Banco Itaú
Agência 0395   Conta Corrente 42638-0
Espaço Terapêutico Antonin Artaud
Comprovante de pagamento [escaneado] – enviar para: espaço.artaud@ uol.com.br

Comunicações Orais: eixos temáticos e critérios em anexo
[envio de trabalhos até 31 de julho para espaço.artaud@uol. com.br]
HORÁRIO 1º DIA – 5ª-feira – 23 de setembro de 2010
 2º DIA – 6ª-feira – 24 de setembro de 2010

9h às 10h Inscrição
Entrega de material 9h às 10:30h
Mesa 4:
 O Método Charles Chaplin de Leitura das Imagens

Será o Benedito? O Estudo do Mundo das Imagens
Gladys Schincariol (MII)

O Método Junguiano de Leitura Simbólica
Maddi Damião (UFF)

Do Geocentrismo ao Heliocentrismo: a tragédia na subjetividade humana
Nilton Sousa da Silva (UFRRJ)
 
10h às 10h30min Abertura – Walter Melo
Espaço Artaud – Felipe Freitas
NEPIS/UFSJ – Marcelo Marchiori
UERJ – Ademir Pacelli Ferreira
CRP
MII – Luiz Carlos Mello
 
10h30min às 12h Mesa 1:
O Museu de Imagens do Inconsciente e a Pesquisa

O Espaço em Emygdio de Barros
Glória Chan (MII)

O Museu de Imagens do Inconsciente no Mundo Contemporâneo
Eurípedes Gomes da Cruz Junior (MII)

O Museu de Imagens do Inconsciente: intersecções entre arte e loucura
José Otávio Pompeu e Silva (UFRJ) Mesa 5:
Antropologia e Reforma Psiquiátrica

Nise da Silveira, Além da Reforma
Ademir Pacelli Ferreira (UERJ)

As Várias Faces da Arte “Primitiva” – uma abordagem antropológica
Ilana Goldstein (UNICAMP)

13h30min às 15h Comunicações Orais
Eixos:
1)      Os Paradigmas da Construção do SUS
2)      Novas Perspectivas da Reforma Psiquiátrica Brasileira
3)      A Diversidade da Loucura e da Arte
4)      Desdobramentos da Psicologia Analítica a partir de Nise da Silveira
Comunicações Orais
Eixos:
1)      Os Paradigmas da Construção do SUS
2)      Novas Perspectivas da Reforma Psiquiátrica Brasileira
3)      A Diversidade da Loucura e da Arte
4)      Desdobramentos da Psicologia Analítica a partir de Nise da Silveira
15h15min às 16h Apresentação Cultural

Alice Prepara o Gato Apresentação Cultural

a confirmar
 
16h às 17h30min Mesa 2:

A Estética no Pensamento de Nise da Silveira

O Museu de Imagens do Inconsciente e a Emoção de Lidar
João Augusto Frayze-Pereira (USP)
                   
A Relação da Obra de Nise da Silveira com a Arte Neoconcreta no Brasil
Walter Melo (UFSJ – Espaço Artaud)
  Mesa 6:

As Ferramentas Teóricas de Nise da Silveira

(Entre)linhas: Cartas a Spinoza, de Nise da Silveira
Marcos Moraes (USP)

Jung e o Processo de Individuação na Obra de Nise da Silveira
Walter Boechat (AJB)

 
17h30min às 18h Café
Lançamento de Livros Café
18h às 19h30min Mesa 3:
As Transformações Teóricas e Culturais de Nise da Silveira

O Simbolismo da Mandala na Psicose
Carlos Bernardi (UNESA)
                   
A Trilogia Cinematográfica Imagens do Inconsciente
Carlos Estellita Lins (FIOCRUZ)

   Mesa 7:
A Importância Cultural da Obra de Nise da Silveira

Nise da Silveira e a Cultura
Adair Rocha (MinC)

Loucura e Diversidade: novas reflexões para o campo da loucura
Paulo Amarante (LAPS-ENSP-FIOCRUZ)
20h às 21h30min Apresentação Cultural

Os Nômades Apresentação Cultural

Cancioneiros do IPUB

terça-feira, 20 de julho de 2010

CONVITE

Festa Julina da Aldeia!
Dia 29/07, a partir das 13 horas.
Traga uma prenda para o bingo.
Venha se divertir conosco!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Foto Clube Pouso Alegre

Segunda poética, do amigo Bill

A vida dum peixe vermelho

A Sara tinha um peixinho vermelho dentro duma bacia. O peixinho vermelho chamava-se Noé e estava dentro da bacia a nadar. Uma vez a Sara meteu-se dentro da bacia e foi a nadar atrás do peixinho. No fundo da bacia havia uma porta. O peixinho vermelho morava lá e tinha lá dentro uma casa, com uma sala com armários e com cadeiras e uma mesa.

O peixinho sentava-se à mesa a escrever, andava a escrever um livro. O título do livro era: “A vida dum peixe.” A Sara naquela altura ainda era pequena e não sabia ler e por isso andava muito aborrecida e cheia de curiosidade de saber o que estava lá escrito.

Todos os dias ia lá com o Noé para dentro da casa dele e Noé deixava-a ficar sentada numa cadeira a olhar para ele, a vê-lo escrever o livro.

Então a Sara teve uma idéia: quando podia ia à casa do Noé, sentava-se à mesa com um papel e copiava muito bem tudo o que estava escrito no livro. Depois guardava muito bem o papel para, quando fosse grande e já soubesse ler, ler o livro da vida do peixinho. Comprou uma caneta, e umas letras eram grandes e outras pequenas e havia letras redondas como bolas e outras letras compridas.

A Sara copiava tudo muito bem copiado e o Noé todos os dias punha mais coisas no livro.

Quando a Sara aprendeu a ler, foi a correr buscar os papéis. Mas nos papéis só estavam escritos gatafunhos e riscos, porque o peixinho vermelho afinal não sabia escrever e fazia aquilo para a Sara julgar que ele era muito sábio e andava a escrever um livro sobre a vida dele e para Sara ficar com muita admiração pelo peixinho e gostar muito dele.

A Sara, primeiro, ficou triste, porque estava cheia de curiosidade. Depois não disse nada ao Noé que sabia ler, e todos os dias ia com ele para a casa dele e ele escrevia coisas no livro para a Sara olhar para ele. E Sara ficava muito admirada, para o Noé ficar contente porque a Sara gostava muito daquele peixinho vermelho.

Um dia, aquele peixinho vermelho morreu e a Sara ficou muito triste e meteu o peixinho vermelho numa caixa com desenhos e enterrou-o no quintal. Depois a Sara plantou uma flor no lugar onde enterrou o peixinho e deitou-lhe a água da bacia.

A flor cresceu, era muito bonita e vermelha e a Sara pôs-lhe o nome de Alice Lidell.

{ Manuel António Pina }

Ótima semana a todos.

Namarië

Bill - O Cinzento

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"Nitimur in vetitum!"
"Nemo me impune lacessit"
"Aut inveniam viam, aut faciam"

I ENCONTRO PAULISTA DOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL PARA A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

I ENCONTRO PAULISTA DOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL PARA A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

INSCRIÇÕES GRATUITAS

Data: 28 de agosto de 2010 (sábado)

Horário: das 09h00 às 18h00

Local: Faculdade de Saúde Pública

Av. Dr. Arnaldo, 715, Cerqueira César

A apresentação de trabalho deve ser acompanhada do envio de resumo, juntamente com A ficha de inscrição para o e-mail: encontrocapsi2010@yahoo.com.br

Acesse a ficha de inscrição e o modelo de resumo para apresentação de trabalho pelo link http://wp.me/pPiGx-2m


Abçs

--
Rosemar Prota
www.lasamec.wordpress.com
www.reformapsiquiatrica.wordpress.com

Inspiração para o nome

O ROMANCE “O GRANDE MENTECAPTO”
Edit. Record –Rio – 1ª ed. 1979
1.Eis que, de repente, em meio da enxurrada de romances e contos engajados, políticos, meras reportagens, sem criatividade e também sem estilo, aparece uma flor exótica, o novo romance de Fernando Sabino, O Grande Mentecapto (Record – Rio de Janeiro, 1979).
Depois de 23 anos de recesso, em que suas atividades literárias se estenderam pelo jornalismo, pela crônica, pelo conto e pela novela, volta ele ao romance, com este seu novo livro, em que a realidade é mostrada sob aspectos humorísticos e seu herói, um D. Quixote mineiro, vagamundeia pelas terras das Gerais. Bem longe estamos daquele quadro de uma geração abrindo seu caminho para a literatura e para a vida, que é o seu romance – memorialístico, Encontro Marcado, que tanto êxito obteve.
Como seus contos e crônicas prenunciavam, com seu humorismo, suas situações cômicas, suas ironias, suas sátiras, o novo livro compreendia tudo isto nas páginas deste romance picaresco em que o herói ou o anti-herói é como a criação imortal de Cervantes. Mas com seu imortal antecessor sempre teve um ideal de proteção dos fracos e dos humilhados, de consertar “Los tuertos” de que a vida está cheia. E mais, e um pícaro sem picarice, não é amoral, traiçoeiro, malandro, vigarista. Suas aventuras e desventuras lhe advêm da sua honestidade, do seu ideal, de seu senso da liberdade e da justiça. Por isso, como D. Quixote, sofre, apanha, é ridicularizado e morre defendendo um ideal de justiça e liberdade, ao se fazer o chefe duma revolta de presos, de loucos, de mendigos e de prostitutas.
Fernando Sabino acaba de criar com seu personagem Geraldo Viramundo, cujo nome verdadeiro é José Geraldo Peres da Nóbrega e Silva, mas era conhecido por 52 alcunhas com as quais lhe marcavam a figura estranha, um personagem, que ficará em nossa literatura ao lado de um Leonardo Pataca, de um Marco Parreira, de um Simão, o Caolho, de um Simão Bacamarte, de um Capitão Vitorino, de um Coronel Ponciano, dada a imortalidade que lhes insuflaram seus criadores.”
(Oscar Mendes – in Um Romance picaresco – Estado de Minas – 12/12/1979)
2. Fernando Sabino, na posse madura da arte de escrever, mostra-se sempre à vontade neste livro ágil, matreiro e comovente, em que loucura e razão se entrelaçam, e não se sabe ao certo onde está o absurdo: se naquela, ao afirmar-se com espontaneidade e singeleza, ou nesta, que se cobre de formalismo e impostura. A vitória da segunda era inevitável. Todo romance que se preza acaba mal para o protagonista, como na vida. Nem por isso é invalidada a aura de sublime irresponsabilidade que envolve Geraldo Viramundo, herói caricato de um mundo alicerçado na violência e na iníquia repartição de coisas.
A escrita fácil de Sabino expõe um problema difícil, para não dizer insolúvel. Na essência, mineiros ou não, somos um pouco Viramundos, que a educação e a conveniência frearam no nascedouro, mas que nem por isso deixam de sentir bulindo lá dentro um princípio de inconformidade, ansioso de ar público. Viramundo é região em seu destino solitário. A gente sai do livro amando o mentecapto como o irmão que não tivemos, ou mesmo o pinel que guardamos ou que fantasiamos de sisudo, para melhor nos defendermos do bom senso de outros pinéis menos delicados.
(Carlos Drummond de Andrade in Viramundo, eu, você e os outros – Estado de Minhas – 1/12/1979)
3. Numa manhã mineira
feita de sol e montanha
uma figura estranha
apareceu.
Comida no papinho
pé no caminho.
Por esse mundo
Geraldo Viramundo
se meteu.
Nessas suas vãs andanças
levava um saco cheio de esperanças
e de sonhos atrevidos
e um montão de apelidos
pra quem quisesse xingar.
Com a roupa do corpo apenas
com algumas penas
de amor
e uma vontade louca de caminhar.
Era um cavaleiro andante
de muita fé
de fé de mais.
Mas não andava de cavalo galopante
andava a pé
pelas Gerais.
E foi deixando atrás
a briga e a paz
e as aventuras
de alegrias e loucuras
de um maluco sonhador
(Ai! Marília louco amor...)
que queria porque queria
a torto e a direito
dar um jeito
do mundo.
E foi ficando
ressoando
o riso, a vaia, o fracasso
a cada passo.
E foram também ficando.
Na memória das estradas
pelas ruas das cidades
suas marcas, seus sinais
a poeira levantada
a vida feita em pedaços
longos quilômetros de passos
tudo e nada.
E Geraldo Viramundo
pelo mundo
se perdeu.
Agora, a última cartada,
ou tudo ou nada
e Geraldo Viramundo
Giramundo
Rolamundo
de uma estocada
morreu.
4 – ENREDO & PERSONAGENS
Como é norma do romance picaresco, tudo gira em redor do herói, isto é, do pícaro. Em torno de Geraldo Viramundo e seus inumeráveis apelidos. Filho de um português, o Boaventura e de D. Nina, italiana. Seu nome de batismo: Geraldo Boaventura. Seu nome de nobreza: José Geraldo Peres da Nóbrega e Silva. Sua glória e imortalidade: Viramundo. Um doido manso (doido de seguirmos os padrões tradicionais com que nossa sociedade mede normalidade e anormalidade) que saiu pelo mundo (das Minas Gerais), vivendo e sofrendo, em procura da liberdade. Uma liberdade natural, humana, total.
Nasceu e viveu sua infância em Rio Acima: fez tudo que os meninos, da idade, costumam fazer. Brincou muito no rio de sua terra. Fez para o trem que não parava nunca na sua cidade. Apostou que faria para o trem e ganhou a aposta de quinze amigos, treze meninos e duas meninas. (A Cremilda, filha da professora e amada de todos e a pretinha Salomé...) Com a façanha começa a virar herói. (Para parar o trem, ficou no meio da linha. O maquinista não teve outro recurso. Freou a composição. E xingou muito...) Um dia, de conversa com o Pe. Limeira, manifestou vontade de ser padre. Houve choradeira geral em casa. E ele foi para Mariana. Nada ou quase nada se sabe de sua vida seminarística. O certo é que um dia se meteu num confessionário e ouviu as inconfidências da viúva Correia Lopes, D. Pretolina, D. Lina, vulgarmente chama de Peidolina. Descoberta a malandragem, o seminarista Geraldo Boaventura foi expulso da casa sagrada do seminário... Mais tarde se põe em defesa da viúva, leva uma pedrada e é expulso aos gritos e empurrões. E começou a palmilhar os caminhos da vida: tinha 18 anos e se chamou Viramundo.
Suas andanças abrangem numerosíssimas cidade mineiras, de todos os cantos e tamanhos, até chegar a Belo Horizonte. Sempre metido em aventuras e desventuras... Foi em Ouro Preto que conheceu a amada do seu coração – Marília Ladisbão, filha de Clarismundo Ladisbão, Governador Geral das Minhas Gerais. (Viramundo, como D. Quixote, se apaixonou por essa Dulcinéia...) E o amor lhe trouxe muitas amolações. No meio dos estudantes que vão representar para o Governador, atrapalha tudo, erra o seu papel, é surrado e acaba num hospital. Numa festa ao Governador, o herói se mete em comilanças e acaba com uma irresistível dor de barriga. O toalete estava ocupado. Não podia esperar. Subiu uma escada, encontrou um cano, certamente do esgoto, e o jeito foi descarregar no dito cano. O cano descia livre, condutor de ar, em cima dum ventilador... A festa acabou, o Governador se foi... Sem a presença da amada, Viramundo deixa Ouro Preto. Esteve em Barcelona, acabou num hospício e candidato a prefeito. Na cidade, gastou o seu francês com o grande escritor Bernanos. Depois foi servir à Pátria num quartel. Foram tantas e tamanhas as suas atrapalhadas que foi devolvido à simples vida civil. Esteve em São João Del Rei, andou preso em Tiradentes, onde conheceu o João Toco que contou sua própria vida.
(Giramundo, Viramundo, Rolamundo... e o tempo, e a vida vão passando...) Até os profetas do Aleijadinho, em Congonhas, conheceram o grande metencapto.
Em Uberaba pegou touro à unha. Andou de ceca em Meca, cumprindo o seu destino de andejo. Em Cataguases, segundo dizem, foi confundido com o escritor Rosário Fusco, outro grande pícaro.
(Leitor, veja nas pág. 185 a 188 alguns lugares dos muitíssimos que o nosso herói conheceu. De agora em diante eles ficarão imortalizados pelo seu nome, isto é, apelido, e pela sua glória imortal...)
Em Belo Horizonte, metido com uma multidão de gente miúda, mendigos, prostitutas, vagabundos, desocupados, injustiçados, arraia-miúda... faz uma revolução. E com apoio de muitos políticos da oposição, parlamenta com o governador, mas nada resolve. A polícia cercou a Praça da Liberdade, dissolveu a multidão, acabou com a revolução do herói Viramundo. E ele sozinho, ou quase, com dois companheiros amigos fiéis, o Capitão Batatinhas e Barbeca (vendedor de esterco), se meteu em direção do Rio de Janeiro. Em protesto cívico, diante do Presidente, iam reivindicar os direitos de todos os injustiçados. Não chegou lá. No meio do caminho, perto de sua terra, foi amarrado, espancado e, com uma estocada no peito, fechou os olhos para este vale de lágrimas.
Geraldo Boaventura, 33 anos, sem profissão, natural de Rio Acima, foi enterrado como indigente numa cova rasa do cemitério local. Causa mortis: ignorada. Descanse em paz.
Foi assim que Geraldo Viramundo e todos os outros seus numerosos apelidos deixou o anonimato em que vivera, sofrera e morrera, para entrar na imortalidade.
Quem quiser saber do destino de muitos outros personagens dessas estórias, leia o epílogo do livro. O autor imortalizou ainda o último sorriso do pobre e grande herói.
“De viramundo, fica apenas o sorriso que se eternizou na sua face.”
Ai Viramundo, Viramundo, dessas Minas Gerais’.
Quem te conhece não esquece jamais...
Fonte: http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/mentecapto
Vejam esse vídeo da Casa Dia:
http://www.youtube.com/watch?v=mDvorPonUnw

domingo, 18 de julho de 2010

Doações

Se você quiser se desfazer de cadeiras, sofás, mesas (inclusive de computador), estantes,etc., fale conosco!

MUDANÇA DE ENDEREÇO

A partir de 19 de julho de 2010, segunda-feira, estaremos em novo endereço: Rua Anísio Paiva, 132 - Bairro Nova Pouso Alegre.
O telefone é: 3449-4391
Venha nos visitar!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

PORTARIA DE CREDENCIAMENTO

Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde
PORTARIA Nº 373, DE 28 DE OUTUBRO DE 2009
O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições,
Considerando A Portaria Nº 1.190/GM, de 4 de junho de 2009, que institui o Plano Emergencial de Ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção em Álcool e Outras Drogas - PEAD;
Considerando a prioridade de expansão dos CAPS III, por sua resolitividade, além dos CAPS i e AD;
Considerando a necessidade de reforçar a rede de atenção à Saúde Mental nas grandes cidades (incluindo regiões metropolitanas) e região amazônica;
Considerando a necessidade de consolidar, no âmbito de Sistema Único de Saúde - SUS, o Programa Nacional de Atenção Comunitária Integrada a Usuários de Álcool e outras Drogas, conforme Portaria Nº 816/GM, de 30 de abril de 2002;
Considerando as orientações contidas na Portaria Nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002, que define e caracteriza as modalidades dos Centros de Atenção Psicossocial na rede SUS;
Considerando a necessidade de aperfeiçoamento e adequação do modelo de atenção oferecida pelo SUS aos usuários de álcool e outras drogas e de estruturação e fortalecimento de uma rede de assistência centrada na atenção comunitária, associada a rede de serviços de saúde e sociais com ênfase na reabilitação e reinserção social;
Considerando as diretrizes emanadas da atual Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral aos transtornos mentais e aos Usuários de Álcool e Outras Drogas;
Considerando as diretrizes definidas no programa Mais Saúde: Direito de Todos, para o período 2008 - 2011, resolve:
Art. 1º Habilitar os Centros de Atenção Psicossocial, a seguir relacionados, para realizar os procedimentos previstos na Portaria SAS/MS Nº 189, de 20 de março de 2002.
UF Tipo CNES CGC/CNPJ Município Gestão do serviço
BA CAPS I 6263240 14.222.574/0001-19 Conceição do Jacuípe Público Municipal
BA CAPS I 5987822 13.885.231/0001-71 Esplanada Público Municipal
BA CAPS I 5847524 13.810.833/0001-60 Ruy Barbosa Público Municipal
BA CAPS II 5351723 13.927.801/0001-49 Salvador Público Municipal
BA CAPS II 5712297 13.927.801/0001-49 Salvador Público Municipal
BA CAPSad 6314228 10.984.916/0001-87 Serrinha Público Municipal
CE CAPSad 5868610 06.740.278/0001-81 Barbalha Público Municipal
CE CAPS I 6163394 07.592.298/0001-15 Paracuru Público Municipal
ES CAPS II 5986656 27.174.093/0001-27 Serra Público Municipal
MA CAPSi 5803020 06.082.820/0001-56 Caxias Público Municipal
MG CAPS I 5877792 18.017.442/0001-06 Brasília de Minas Público Municipal
MG CAPS I 6276148 18.241.372/0001-75 Monte Santo de Minas Público Municipal
MG CAPSi 6275044 23.539.463/0001-21 Pirapora Público Municipal
MG CAPS II 2211815 18.675.983/0001-21 Pouso Alegre Público Municipal
MG CAPSad 6373658 20.622.890/0001-80 Governador Valadares Público Municipal
MG CAPSad 63744603 18.188.219/0001-21 São Lourenço Público Municipal
PA CAPS I 6132987 34.671.057/0001-34 Água Azul do Norte Público Municipal
PA CAPS I 6267319 83.267.989/0001-21 Aurora do Pa- rá Público Municipal
PA CAPS I 5597706 34.626.440/0001-70 Breu Branco Público Municipal
PB CAPSad 6291457 09.012.493/0001-54 Cabedelo Público Municipal
PB CAPS I 6087655 24.513.574/0001-21 Campina Grande Público Municipal
PB CAPS I 6290833 08.741.399/0001-73 Picuí Público Municipal
PB CAPS 6225950 08.810.350/0001-25 Ingá Público Municipal
PI CAPS I 6219772 06.554.042/0001-50 Canto do Buri- ti Público Municipal
PI CAPS I 5816416 06.553.812/0001-40 Pio IX Público Municipal
PR CAPS I 6163920 76.205.970/0001-95 Laranjeiras do Sul Público Municipal
RJ CAPS I 6306276 28.645.760/0001-75 Santa Maria Madalena Público Municipal
RN CAPS I 6261426 08.144.800/0001-98 Santo Antônio Público Municipal
RS CAPS I 5759773 04.216.132/0001-06 Boa Vista do Cadeado Público Municipal
RS CAPS II 6323065 92.963.560/0001-60 Porto Alegre Público Municipal
RS CAPS I 6206689 88.138.292/0001-74 Rosário do Sul Público Municipal
RS CAPS II 3409813 87.890.992/0001-58 Gravataí Público Municipal
RS CAPS II 3544486 88.000.914/0001-01 Viamão Público Municipal
SC CAPSad 5916968 83.102.459/0001-23 Jaguará do Sul Público Municipal
SP CAPS I 6033970 46.668.596/0001-01 Cruzeiro Público Municipal
SP CAPSad 5203368 45.332.095/0001-89 Mogi Mirim Público Municipal
SP CAPSi 2069059 46.395.000/0001-39 São Paulo Público Municipal
SP CAPS II 3384292 46.395.000/0001-39 São Paulo Público Municipal
SP CAPSad 5878675 46.395.000/0001-39 São Paulo Público Municipal
SP CAPSad 6148387 46.395.000/0001-39 São Paulo Público Municipal
SP CAPSad 3313344 46.395.000/0001-39 São Paulo Público Municipal
SP CAPSad 5608678 46.395.000/0001-39 São Paulo Público Municipal
Art 2º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.
ALBERTO BELTRAME

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Portaria 2.646

Ministério da Saúde
Gabinete do Ministro
PORTARIA Nº 2.646, DE 28 DE OUTUBRO DE 2009
Estabelece recursos a serem incorporados ao Teto Financeiro Anual do Bloco de Atenção de Média e Alta Complexidade dos Estados e Municípios.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Portaria Nº 2.867/GM, de 27 de novembro de 2008, que estabelece recursos a serem transferidos do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação - FAEC para o Teto Financeiro Anual da Assistência Ambulatorial e Hospitalar de Média e Alta Complexidade dos Estados, Distrito Federal e Municípios;
Considerando a Portaria Nº 189/SAS/MS, de 20 de março de 2002, que inclui na Tabela do Sistema Único de Saúde - SUS o Procedimento de Acolhimento de Pacientes de Centros de Atenção Psicossocial; e
Considerando as Portarias Nº 373/SAS/MS, de 28 de outubro de 2009, que habilita Centros de Atenção Psicossocial - CAPS, resolve:
Art. 1º Estabelecer, na forma do Anexo desta Portaria, recursos no montante de R$ 13.680.960,00 (treze milhões, seiscentos e oitenta mil, novecentos e sessenta reais), a serem incorporados ao Teto Financeiro Anual do Bloco de Atenção de Média e Alta Complexidade dos Estados e Municípios.
Art. 2º Determinar que o Fundo Nacional de Saúde adote as medidas necessária para a transferência, regular e automática, ao Estado e Municípios, do valor correspondente a 1/12 (um doze avos) do montante estabelecido no artigo 1º desta Portaria.
Art. 3º Estabelecer que os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, corram por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.302.1220.8585 – Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir da competência novembro de 2009.
JOSÉ GOMES TEMPORÃO
ANEXO
UF MUNICÍPIO GESTÃODE SERVIÇOS TIPO VALOR ANUAL
BA Conceição do Jacuípe Público Municipal CAPS I 261.648,00
BA Esplanada Público Municipal CAPS I 261.648,00
BA Ruy Barbosa Público Municipal CAPS I 261.648,00
BA Salvador Público Municipal CAPS II 384.000,00
BA Salvador Público Municipal CAPS II 384.000,00
BA Serrinha Público Municipal CAPSad 384.000,00
Total BA 1.936.944,00
CE Barbalha Público Municipal CAPSad 384.000,00
CE Paracuru Público Municipal CAPS I 261.648,00
Total CE 645.648,00
ES Serra
Público Municipal CAPS II 384.000,00
Total ES 384.000,00
MA Caxias Público Municipal CAPS I 384.000,00
Total MA 384.000,00
MG Brasília de Minas Público Municipal CAPS I 261.648,00
MG Monte Santo de Minas Público Municipal CAPS I 261.648,00
MG Pirapora Público Municipal CAPSi 384.000,00
MG Pouso Alegre Público Municipal CAPS II 384.000,00
MG Governador Valadares Público Municipal CAPSad 384.000,00
MG São Lourenço Público Municipal CAPSad 384.000,00
Total MG 2.059.296,00
PA Água Azul do Norte Público Municipal CAPS I 261.648,00
PA Aurora do Pará Público Municipal CAPS I 261.648,00
PA Breu Branco Público Municipal CAPS I 261.648,00
Total PA 784.944,00
PB Cabedelo Público Municipal CAPSad 384.000,00
PB Campina Grande Público Municipal CAPS I 261.648,00
PB Picuí Público Municipal CAPS I 261.648,00
PB Ingá Público Municipal CAPS 261.648,00
Total PB 1.168.944,00
PI Canto do Buriti Público Municipal CAPS I 261.648,00
PI Pio IX Público Municipal CAPS I 261.648,00
Total PI 523.296,00
PR Laranjeiras do Sul Público Municipal CAPS I 261.648,00
Total PR 261.648,00
RJ Santa Maria Madalena Público Municipal CAPS I 261.648,00
Total RJ 261.648,00
RN Santo Antônio Público Municipal CAPS I 261.648,00
Total RN 261.648,00
RS Boa Vista do Cadeado Público Municipal CAPS I 261.648,00
RS Porto Alegre Público Municipal CAPS II 384.000,00
RS Rosário do Sul Público Municipal CAPS I 261.648,00
RS Gravataí Público Municipal CAPS II 384.000,00
RS Viamão Público Municipal CAPS II 384.000,00
Total RS 1.675.296,00
SC Jaguará do Sul Público Municipal CAPSad 384.000,00
Total SC 384.000,00
SP Cruzeiro Público Municipal CAPS I 261.648,00
SP Mogi Mirim Público Municipal CAPSad 384.000,00
SP São Paulo Público Municipal CAPSi 384.000,00
SP São Paulo Público Municipal CAPS II 384.000,00
SP São Paulo Público Municipal CAPSad 384.000,00
SP São Paulo Público Municipal CAPSad 384.000,00
SP São Paulo Público Municipal CAPSad 384.000,00
SP São Paulo Público Municipal CAPSad 384.000,00
Total SP 2.949.648,00
Total Geral 13.680.960,00