segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Segunda poética, do Bill

A felicidade sentava-se todos os dias
no peitoril da janela.

Tinha feições de menino inconsolável.
Um menino impúbere
ainda sem amor para ninguém,
gostando apenas de demorar as mãos
ou de roçar lentamente o cabelo pelas
faces humanas.

E como menino que era,
achava um grande mistério no seu próprio nome.

{ Jorge de Sena }

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